Breve resumo da história da Capela Nossa Senhora Aparecida Metropolitana A capela foi inaugurada por volta de outubro de 1957. A região era um acampamento dos operários e engenheiros que trabalharam na construção do Aeroporto de Brasília e a companhia responsável se chamava Companhia Metropolitana, que depois veio a ser também o nome do bairro. O local do acampamento facilitava o acesso ao canteiro de obras. Os operários e engenheiros então construíram o estádio, para lazer, a escola, para os filhos dos operários e deram início também a construção de uma praça onde foi construída uma pequena capela de madeira onde poderiam louvar ao Senhor. Tudo era construído aos fins de semana e nas folgas, pouco a pouco, até que tudo ficasse pronto. A capela, apesar de inaugurada em 1957, ainda não estava 100% concluída, mas foi sendo aos poucos. Ela foi dedicada à Nossa Senhora Aparecida devido a uma réplica da imagem que os operários trouxeram de Aparecida do Norte, imagem que foi colocada na capela e até hoje está lá. Outras imagens também foram doadas e estão até hoje na comunidade. A capela e os bancos eram pintados de azul em homenagem a Nossa Senhora.
No início as irmãs do colégio Maria Auxiliadora que vieram para a Brasília vinham dar catequese na comunidade e alguns padres da região se revezavam para a celebração das missas, que contaram até com a presença de Dom Nilton em diversas ocasiões.
Padre Astério Tavares Campos, que era professor na UnB na década de 70, cuidou durante muitos anos da comunidade, com autorização do primeiro pároco da Paróquia São João Bosco, Padre Roque, sendo até hoje lembrado com carinho por muito dos mais velhos da comunidade. Quando, debilitado pela doença e pela velhice não pôde mais tomar conta da comunidade, sua missão foi assumida pelo Padre Décio, também salesiano, que veio morar no instituído Israel Pinheiro e prometeu a padre Astério que não deixaria a comunidade desamparada, sempre cuidando das celebrações dominicais. Padre Décio tomou conta da comunidade até que a velhice também o alcançou, de forma que a comunidade, desse momento em diante, ficou definitivamente sob responsabilidade do pároco da Paróquia São João Bosco, a época, Padre Ricardo Sávio.
Com o envelhecimento da construção original de madeira, principalmente devido ao ataque de cupins, a capela foi interditada pela Defesa Civil em 2004, passando a missa a ser celebrada provisoriamente na escola da Metropolitana. Além disso, com o crescimento da comunidade a pequena capela de madeira já não comportava mais a quantidade de fiéis nas missas dominicais.
Começou-se então uma procura por um lugar onde pudesse ser construído um galpão provisório, pelo menos até que a capela original fosse restaurada, dado que ela se encontra em área tombada pelas autoridades. Foi quando o administrador na época deu autorização para a construção em um terreno acima da praça, a poucos metros da capela original. A construção, que inicialmente era provisória, foi aos poucos se tornando definitiva, ainda mais com o contínuo aumento do número dos fiéis e da comunidade que, mesmo após tantos anos do fim da construção já estava solidamente estabelecida, fazendo parte da região administrativa do Núcleo Bandeirante. Foram doados o altar e o ambão em mármore, e foram comprados bancos novos, e aos poucos a nova capela foi sendo estabelecida.
Infelizmente a capela original pegou fogo em 2007, antes mesmo de ser restaurada. As autoridades públicas fizeram uma reconstrução o mais parecido possível com a original, devido ao valor histórico da capela. Porém a capela maior continua sendo usada, como mencionado, devido ao tamanho da comunidade. Ainda sim a capela reconstruída é usada e mantida pela comunidade, contando sempre com celebrações aos sábados, onde o número de fiéis é menor e em especial durante a novena e festa de Nossa Senhora Aparecida em outubro.
