SALESIANOS
Santos Salesianos
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Santa Maria Domingas Mazzarello (1837-1881)

Beatificada em 20/11/1938
Canonizada em 24/06/1951

Foi em Mornese, situado no norte da Itália, na região de Monferrato, que no dia 9 de maio de 1837, nasceu Maria Domingas Mazzarello, filha de José Mazzarello e de Maria Madalena Calcagno. Foi a primeira de 10 filhos.

Desde muito cedo, Main – apelido de Maria Mazzarello – ajudou a cuidar de seus irmãos menores e dos afazeres domésticos. Começou a frequentar as aulas de catecismo e a sobressair-se. Em 1850 fez a primeira comunhão. Aos 16 anos, já ajudava seu pai no trabalho dos vinhedos. Já se notava nela forte caráter e espírito de liderança e a capacidade de ter pessoas sempre ao seu redor.

Em 1860, o tifo abateu a vila de Valponasca. A família de seu tio foi uma das primeiras a contrair a doença. Maria vai ajudá-los, mesmo sabendo que poderia adoecer o que realmente aconteceu. Mazzarello vê o rumo de sua vida mudar quando contraiu tifo. Não podendo mais trabalhar no campo, decide aprender a costurar para ensinar as jovens da sua pequena cidade. Com suas amigas, monta uma sala de costura e começa a ensinar o ofício.

Certa vez, ao caminhar pela colina de Bargo Alto, vê diante de si um alto edifício com muitas meninas correndo, brincando num grande pátio interno e ouve nitidamente estas palavras: Tome conta destas meninas!

Quase todos os dias, bem cedo, Maria descia de Valponasca para frequentar a missa, acompanhada de sua irmã e outras moças. No inverno, esse percurso ficava ainda mais difícil, devido ao frio e à neve. O pároco, Padre Pestarino, muitas vezes chamava o povo para orações e bênção eucarística também à noite. Maria não podia ir, mas encontrava um meio de participar de tais reuniões, através de uma janelinha da casa, da qual podia avistar a fraca claridade das velas acesas, refletidas nos vitrais da igreja.

A partir de 1853, passou a frequentar a Pia União da Imaculada, organizada por sua amiga Ângela Maccagno, juntamente com outras moças da comunidade. Tinha a finalidade de consagrar sua vida a Deus, cultivando a modéstia, o recato, a amabilidade e a paciência. Instruída pelo pároco, Ângela preparou uma regra de vida, que foi enviada a Gênova, para aprovação. O grupo reunia-se na casa da fundadora onde eram feitas leituras espirituais e reflexões sobre o modo de agir. Mesmo faltando um regulamento definitivo, este grupo crescia e motivava a vida religiosa feminina de Mornese.

Neste mesmo período, em Turim (1854), Dom Bosco e alguns padres fundaram a Sociedade de São Francisco de Sales, os Salesianos.

O grupo começa, oficialmente, em 1855. Em 20 de maio de 1857, o bispo de Acqui, Dom Contratto, aprovava definitivamente seu regimento. Padre Pestarino era o orientador do grupo e Ângela era a superiora natural, tratada assim por todas.

Com a amiga Petronilla, Maria resolve aprender costura e abrir um salão para ensinar o ofício para as meninas pobres. E assim aconteceu. Logo, as famílias começaram a mandar-lhe as filhas e as aulas de costura tornaram-se aulas de treinamento na virtude. Um dia, um senhor viúvo, entregou-lhe suas filhas para que as educasse. Logo, a oficina passou a ser um novo lar para as várias meninas, que viam em Maria sua segunda mãe. Com o passar do tempo, todos os domingos, após a missa, na praça da igreja, outras crianças se uniam a Maria e a Petronilla, para brincar e divertir-se.

Em 1864, Dom Bosco chegou a Mornese com seus meninos e todos queriam vê-lo e ouvi-lo. Maria foi encontrá-lo. Dom Bosco comentou sobre seu projeto: construir um colégio para seus meninos. Antes de partir dirigiu palavras especiais às Filhas de Maria Imaculada e ficou conhecendo a iniciativa de Maria e Petronilla, a oficina de costura, o orfanato e a recreação aos domingos para todas as crianças da vila. Dom Bosco se empolgou com o trabalho delas e propôs a fundação de um instituto feminino com o mesmo objetivo dos Salesianos.

Padre Pestarino, que se tornara Salesiano, foi chamado a Turim e recebeu a notícia de que o Papa havia aprovado o projeto de Dom Bosco: fundar uma congregação feminina. Como em Mornese estavam as iniciantes, determinou que o colégio em construção fosse delas. Mazzarello vê assim, a concretização de um sonho: fazer pelas meninas o que Dom Bosco vinha fazendo pelos meninos.

Em 5 de agosto de 1872, na Capela do Colégio, 11 filhas de Maria Imaculada fazem os votos religiosos e se consagram a Deus. São as primeiras Filhas de Maria Auxiliadora. Outras 4 recebem o hábito em março do ano seguinte. Com o passar do tempo, chegam novas postulantes e o colégio tem necessidade de professoras. Algumas delas aderem à Congregação, tocadas pela mão de Deus.

Em 1874, um grupo parte para uma nova fundação em São Martinho. Em 1877, Dom Bosco pede voluntárias para as missões na América Latina. Em Nizza, Monferrato, Dom Bosco adapta para as meninas, um antigo convento franciscano. É instalado assim, o colégio Nossa Senhora das Graças, como Casa Central das Filhas de Maria Auxiliadora.

Maria Mazzarello se mostra sempre empenhada na animação da comunidade de Irmãs e na educação de crianças, adolescentes e jovens. Cultiva com sabedoria a união entre todos. Ocupou-se com a abertura de novas casas na Itália e além mar. Em 1881 sabendo que seu fim está próximo envia Madre Josefina para a América como representante sua.

No 14 de maio de 1881 Madre Mazzarello parte deste mundo. Sua breve vida – 44 anos – é, porem, uma chama de amor contagiante que ilumina ainda hoje a sua Família Religiosa. Suas filhas – as Filhas de Maria Auxiliadora – presentes nos 5 continentes continuam atuando no espaço-educação em todo mundo, fiéis ao carisma da fundação, à identidade que lhes é própria e à missão que lhes cabe no coração da Igreja.

Seus restos mortais são venerados na Basílica de Maria Auxiliadora, em Turim.

Oração a Madre Mazzarello

Ò Santa Maria Mazzarello vi no teu rosto a paz serena de quem muito amou a juventude. Vi a alegria de quem só fez o bem espalhando esperanças e amor. Vi a coragem da mulher forte que lutou por um mundo mais humano e mais feliz, trilhando o caminho de Jesus. Ensina-nos a alegria pura que brilha nos olhos porque vem de dentro, da sabedoria do Espírito.

 

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Callisto Caravario

São Callisto Caravario (1903-1930)

Beatificado em 15/05/1983
Canonizado em 01/10/2000

Nasceu em Cuorgnè (Turim) no dia 18 de junho de 1903. Em 1921, encontrando-se com Dom Versiglia em Turim lhe disse: “Irei ao seu encontro na China”. Cumpriu a palavra, dois anos depois.

Ordenado sacerdote, sempre fidelíssimo à sua consagração religiosa e animado por uma caridade sempre mais ardente, acompanhava Dom Versiglia na visita pastoral, no distrito de Lin Chow, juntamente com dois professores, duas catequistas e uma aluna, quando, no dia 25 de fevereiro de 1930, num trecho isolado do rio todos foram assaltados por piratas comunistas.

Na tentativa de proteger as jovens – que conseguiram escapar – os dois missionários foram brutalmente espancados e depois fuzilados, por ódio à fé cristã que exalta a virgindade.

Junto com Luís Versiglia foram proclamados Santos por João Paulo II em 1º de outubro de 2000. Em 30 de junho de 2005 a Congregação para o Culto Divino estabeleceu elevar ao grau litúrgico de “festa” a sua “memória”, transferindo a data da celebração de 13 de novembro (que recordava o dia em que, em 1875, partia de Gênova a primeira expedição missionária salesiana para Buenos Aires) para 25 de fevereiro, que é a data do martírio deles, trazida também no Martirológio romano

 

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São Luís Versiglia (1903-1930)

Beatificado em 15/05/1983
Canonizado em 01/10/2000

Nasceu em Oliva Gessi (Pavía) no dia 05 de junho de 1873; aos doze anos foi recebido por Dom Bosco.

Ordenado sacerdote em 1895, durante dez anos foi mestre de noviços em Genzano de Roma.

Em 1906 chefiou a primeira expedição salesiana à China, realizando assim uma repetida profecia de Dom Bosco. Tendo fundado em Macau a “casa mãe” salesiana, abriu a missão de Shiu Chow e, no dia 22 de abril de 1920, foi sagrado seu primeiro Bispo.

Sábio e incansável, verdadeiro pastor todo dedicado ao seu rebanho, deu ao Vicariato uma sólida estrutura com um seminário, casas de formação, várias residências, orfanato, asilo para idosos.

Demonstrando ser mais pai do que homem de autoridade, dava o exemplo do trabalho e da caridade que nada ordena sem antes ter medido as forças dos co-irmãos.

Junto com Callisto Caravario foram proclamados Santos por João Paulo II em 1º de outubro de 2000. Em 30 de junho de 2005 a Congregação para o Culto Divino estabeleceu elevar ao grau litúrgico de “festa” a sua “memória”, transferindo a data da celebração de 13 de novembro (que recordava o dia em que, em 1875, partia de Gênova a primeira expedição missionária salesiana para Buenos Aires) para 25 de fevereiro, que é a data do martírio deles, trazida também no Martirológio romano.

 

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São Domingos Sávio (1842-1857)

Beatificado em 05/03/1950
Canonizado em 12/06/1954

Domingos nasce no dia 2 de abril de 1842 em San Giovanni di Riva, perto de Chieri, província de Turim (Itália). Crescido numa família rica de valores, impressionou desde pequeno pela sua maturidade humana e cristã. Para servir à santa Missa, esperava o padre fora da igreja, mesmo debaixo de neve. Estava sempre alegre. Tinha assumido a vida com seriedade, tanto que – admitido com apenas sete anos à primeira Comunhão – traçou num caderninho o seu projeto de vida: “Vou me confessar muito frequentemente e farei a comunhão sempre que o confessor me permitir.

Quero santificar os dias festivos. Meus amigos serão Jesus e Maria. A morte, mas não o pecado”. Encontra-se com Dom Bosco, quando tinha 12 anos, e pede-lhe para ser admitido no Oratório de Turim, porque desejava ardentemente estudar para ser padre. Dom Bosco, admirado, lhe disse: “Parece-me que temos aqui um bom tecido”. Domingos respondeu: “Eu serei o tecido; o senhor então seja o alfaiate”. Acolhido no Oratório, pediu-lhe que o ajudasse a “ser santo”.

Afável, sempre sereno e alegre, coloca grande empenho nos deveres de estudante e no serviço aos colegas, de todos as formas, ensinando-lhes o Catecismo, assistindo aos doentes, pacificando as brigas… Aos colegas que chegavam ao Oratório ele dizia: “Saiba que aqui, nós fazemos consistir a santidade em estar muito alegres”. Procuramos “somente evitar o pecado, como um grande inimigo que nos rouba a graça de Deus e a paz do coração e impede de realizar os nossos deveres com exatidão”.

Fidelíssimo ao seu programa, apoiado por intensa participação nos sacramentos e por filial devoção a Maria, alegre no sacrifício, foi agraciado por Deus por dons e carismas. Em 8 de dezembro de 1854, proclamado o dogma da Imaculada por Pio IX, Domingos consagrou-se a Maria e começou a avançar rapidamente na santidade. Em 1856 fundou entre os amigos do Oratório a “Companhia da Imaculada” para uma ação apostólica do grupo.

Mamãe Margarida disse a Dom Bosco: “Tens muitos jovens bons, mas nenhum supera o belo coração e a bela alma de Domingos Sávio”. E explicou-lhe: “Vejo-o sempre rezando, fica na igreja mesmo depois dos outros; sai todos os dias do recreio para fazer uma visita ao SSmo. Sacramento… Na igreja, está como um anjo que mora no Paraíso”.

Morreu em Mondonio no dia 9 de março de 1857. Dom Bosco escreveu a sua biografia, e chorava sempre que a relia. Seus restos mortais são venerados na Basílica de Maria Auxiliadora. Sua festa é celebrada no dia 6 de maio. Pio XI definiu-o como “pequeno, ou melhor, grande gigante do espírito”. É patrono das mamães grávidas, e por sua intercessão registram-se todos os anos um surpreende número de graças.

Oração a São Domingos Sávio

Angélico Domingos Sávio, que na escola de Dom Bosco
aprendeste a seguir os caminhos da santidade juvenil,
ajuda-nos a imitar-te no amor a Jesus, na devoção a Maria e no
zelo pelas almas e faze com que, imitando também vós no propósito de antes morrer que pecar, alcancemos a eterna salvação. Assim seja.

 

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São Luís Orione (1872 – 1940)

Beatificado em 1980

Canonizado em 2004

Luís Orione nasceu em Pontecurone, diocese de Torosa, no dia 23 de junho de 1872. Na primeira adolescência ajudou o pai como calceteiro de ruas até aos treze anos. Queria estudar para ser sacerdote e foi acolhido no convento franciscano de Volghera, mas teve que abandoná-lo devido a uma grave pneumonia. Foi aceito então no colégio de Valdocco, onde conheceu Dom Bosco, já ancião.

Obteve o privilégio de se confessar com ele e, depois de ter preparado quase três cadernos de pecados, viu-os ser arrancados pelo santo que, entre outras coisas lhe disse: “Nós seremos sempre amigos”. Em Turim, respirou o espírito salesiano e conheceu a Obra do Cottolengo, que era ali perto. Em 1899 iniciou os estudos de filosofia no seminário de Tortona. Em 1892, ainda clérigo, abriu um Oratório em Tortona, e no seguinte um colégio. Em 1895 foi ordenado sacerdote. Na mesma celebração o bispo impôs o hábito clerical a seis alunos do seu colégio.

Começou a abrir obras por toda a Itália e, em 1903 foi reconhecida, pelo bispo de Tortona, a Congregação religiosa masculina da Pequena Obra da Divina Providência, formada por sacerdotes, irmãos coadjutores e eremitas, com o carisma apostólico de “colaborar para levar os pequenos, os pobres e o povo da Igreja ao Papa, mediante as obras de caridade”. Depois do terrível terremoto de 1908 socorreu Messina e Reggio Calábria, assistindo os órfãos e a população. Foi nomeado por Pio X Vigário Geral da diocese de Messina. Depois de deixar a Sicília, continuou a ocupar-se da expansão da sua Congregação, fornecendo ajuda em toda a Itália durante a primeira guerra mundial. Em 1915 fundou o ramo feminino: as Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade, à qual se acrescentarão em 1927 as Irmãs Sacramentinas não videntes adoradoras e, sucessivamente, as Irmãs Contemplativas de Jesus Crucificado.

Mais tarde surgirão também o Instituto Secular e o Movimento Laical Orionino. As fundações estenderam-se por grande parte do mundo, na América Latina, nos Estados Unidos da América, na Inglaterra, na Albânia. Em 1940, o P. Orione morreu numa casa da Pequena Obra em Sanremo. Luís teve sempre no pensamento as palavras de Dom Bosco: “Nós seremos sempre amigos”. Só depois de ter rezado longamente sobre o túmulo do Santo convenceu-se de que o Senhor não o queria entre os Salesianos. Jamais se esqueceu do modelo de Valdocco, tanto que disse muitas vezes: “Caminharia sobre brasas ardentes para ver ainda uma vez Dom Bosco, e dizer-lhe obrigado”.

João Paulo II beatificou-o em 1980 e canonizou-o em maio de 2004.

Oração a São Luiz Orione

Ó Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, nós vos adoramos e vos damos graças pela imensa caridade que infundistes no coração de São Luiz Orione e por ternos dado nele o Apóstolo da Caridade, o Pai dos Pobres e o Benfeitor da humanidade, sofredora e abandonada. Concedei-nos que possamos imitar o amor ardente e generoso que São Luiz Orione tinha para convosco, a Santíssima Virgem, a Igreja, o Papa e todos os aflitos. Pelos seus méritos e sua intercessão, concedei-nos a graça que vos pedimos (pedir a graça) para experimentar a vossa Divina Providência. Amém.

 

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Leonardo Murialdo

São Leonardo Murialdo (1828 – 1900)

Beatificado em 1963

Canonizado em 03/05/1970

Leonardo Murialdo nasce em Turim no ano de 1828, oitavo filho de uma família rica. Órfão de pai com apenas quatro anos, recebe, contudo uma ótima educação cristã no colégio dos Escolápios de Savona. Na juventude, atravessa uma profunda crise espiritual que o levará à conversão e à descoberta da vocação sacerdotal. Inicia em Turim os estudos filosóficos e teológicos. Começa a trabalhar, nesses anos, no oratório do Anjo da Guarda, dirigido pelo primo, o teólogo Roberto Murialdo. Graças a essa colaboração toca com as mãos as problemáticas da juventude de Turim: meninos de rua, encarcerados, limpadores de chaminés, serventes de bar.

Em 1851 é ordenado sacerdote. Começa a trabalhar em estreito contato também com o Padre Cafasso e com Dom Bosco, e deste último aceita a direção do Oratório São Luís. Leonardo respira o sistema preventivo, encarna-o e aplica-o em todas as suas futuras obras educativas. Em 1866 aceita a direção do Colégio Pequenos Artesãos de Turim, dedicado à acolhida, à formação humana, cristã e profissional de jovens pobres e abandonados. Faz inúmeras viagens pela Itália, França e Inglaterra para visitar instituições educativas e assistenciais, para aprender, confrontar e melhorar o próprio sistema educativo. Figura entre os promotores das primeiras bibliotecas populares católicas e da União dos Operários Católicos, de que será por longos anos assistente eclesiástico.

Em 1873, com o apoio de alguns colaboradores, funda a Congregação de São José (Josefinos de Murialdo). Sua finalidade apostólica é a educação da juventude, especialmente pobre e abandonada. Abre oratórios, escolas profissionais, casas-família para jovens trabalhadores e colônias agrícolas, aprofunda o seu trabalho nas associações leigas, especialmente no campo da formação profissional dos jovens e da boa estampa. Seu lema: Fazer e calar. Foi homem de espírito e de oração, contemplativo na ação como Dom Bosco. Por volta de 1884 foi atingido por diversos ataques de broncopneumonia: Dom Bosco foi dar-lhe uma bênção e, apesar das provações e perturbações, viveu ainda até 1900. Paulo VI proclamou-o Beato em 1963 e santo em 3 de maio de 1970. A perda do pai em tenra idade levou Leonardo também a ser pai e guia dos jovens que o Senhor lhe quis confiar. A sua vida, o seu etilo e a sua ação colocam-no ao lado do seu amigo e modelo São João Bosco.

Oração a São Leonardo Murialdo

Ó São Leonardo Murialdo, apóstolo da juventude,
intercedei por nós junto a Deus, a fim de que possamos
concretizar cada vez mais o carisma que nos legastes na
Congregação de São José.

Que por vosso exemplo, possamos rezar, pensar e agir
Cm toda disponibilidade em favor dos jovens mais pobres
E marginalizados.

Nossa força brote da Palavra de Deus, da Eucaristia,
da devoção a Maria Santíssima e a São José.

Que o amor infinito, pessoal, atual e misericordioso de Deus
Para conosco, seja nosso viver. Amém.

 

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São José Cafasso (1811 – 1860)

Beatificada em 1925
Canonizada em 1947

José Cafasso nasce em Castelnuovo d’Asti em 1811. Filho de pequenos proprietários de terras, é o terceiro de quatro filhos, dos quais a última, Mariana, será mãe do beato Padre José Allamano. Desde muito jovem era tido como um pequeno santo pela família e por toda a cidade. Faz seus estudos teológicos no seminário de Chieri e, em 1833, é ordenado presbítero. Quatro meses depois se estabelece no Internato Eclesiástico para aperfeiçoar a sua formação sacerdotal e pastoral. Ali ficará por toda a vida, tornando-se seu Reitor. No Internato respiram-se a espiritualidade de Santo Inácio e as orientações teológicas e pastorais de Santo Afonso Maria de Liguori.

O ensino é cuidado com grande atenção e tem em vista formar bons confessores e hábeis pregadores. José estuda e aprofunda a espiritualidade de São Francisco de Sales, que depois transmitirá, sobretudo a um estudante: João Bosco.

Cafasso, seu diretor espiritual de 1841 a 1860, contribuiu para formar e encaminhar a personalidade e a espiritualidade de Dom Bosco. Típica do seu ensinamento é a valorização do dever quotidiano em vista da santidade. Como pôde testemunhar o mesmo fundador dos Salesianos: “A virtude extraordinária de Cafasso foi a de praticar constantemente e com fidelidade maravilhosa as virtudes ordinárias”. Sempre atento às necessidades dos últimos, visitava e apoiava também economicamente os mais pobres, levando-lhes a consolação que derivava do seu ministério sacerdotal. O seu apostolado consistia também no acompanhamento espiritual dos encarcerados e dos condenados à morte, a ponto de ser definido o padre dos encarcerados.

Prudente e reservado, mestre de espírito, foi diretor espiritual de padres, leigos, políticos, fundadores. Pio IX definiu-o a pérola do clero italiano. O Padre Cafasso sustentou também materialmente Dom Bosco e a Congregação Salesiana desde suas origens. Depois de uma breve doença morreu com apenas 49 anos no dia 23 de junho de 1860. Foi beatificado em 1925 e canonizado por Pio XII em 1947, que o reconheceu como “modelo de vida sacerdotal, pai dos pobres, consolador dos enfermos, alívio dos encarcerados, salvação dos condenados ao patíbulo”. O mesmo Papa, na encíclica Menti Nostrae de 23 de setembro de 1950 o propôs como modelo dos sacerdotes.

ORAÇÃO A SÃO José Cafasso

São José Cafasso que fostes tão generoso para com nosso amado são João Bosco, assistindo-o em suas necessidades e que como sacerdote acompanhastes à força a inúmeros condenados à morte, mostrando sempre atenção aos encarcerados, vós que tínheis o dom do conselho, e morrestes tão santamente em oração e na paz, pedimos que intercedais junto a Deus para que nos dê o dom do sábio conselho e nunca deixemos de orar por todos os que estão à beira da morte, principalmente pelos mais abandonados. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

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São Luís Guanella

Nascido em 19 de dezembro de 1842, na aldeia alpina de Fraciscio di Campodolcino, Luís foi o nono dos treze filhos de uma família montanhesa dotada de sólidos princípios cristãos.

Sinais precoces da vocação
Desde muito cedo, numerosos indícios, premonições e acontecimentos extraordinários iam indicando ao pequeno Luís as vias traçadas para ele pela Providência Divina.

Um destes fatos ocorreu no dia de sua Primeira Comunhão, aos nove anos. Por ser Quinta-Feira Santa, não houve festa e, regressando a casa, mandaram-no cuidar das ovelhas, como em qualquer dia comum. Ainda tocado pela graça, sentou-se em um dos gramados da colina Motto, parecido a um sofá, onde costumava descansar enquanto pastava o rebanho, e pôs-se a rezar a Nossa Senhora, agradecendo-Lhe a ventura de haver recebido Jesus em seu coração.

Sentia-se tomado por uma suave doçura que o impelia a fazer generosos bons propósitos. Contudo, a certa altura caiu no sono com seu livrinho de orações nas mãos e foi acordado por uma voz feminina que o chamava pelo nome. Não vendo ninguém ao redor, julgou tratar-se de um sonho. Retomou a leitura e adormeceu novamente.

Mais uma vez, o fato se repetiu. E, como aconteceu com Samuel (cf. II Sm 3, 8), ainda houve uma terceira vez, na qual a voz se fez ouvir mais forte e nítida: “Luís, Luís”. Nesse momento, narra o santo, “eis que vejo uma Senhora estendendo seu braço direito como a indicar alguma coisa. Ela me disse: ‘Quando você for adulto, fará tudo isso em prol dos pobres’. E como num telão, vi tudo o que deveria fazer”.

Forjando o temperamento
Aos doze anos Luís recebeu uma bolsa de estudos e matriculou-se no Colégio Gálio, em Como. Fortalecido pela frequência aos Sacramentos e sua ardorosa devoção a Maria, ali cultivou os germens da vocação, manteve-se firme em seus princípios e inabalável no grande apreço às virtudes da castidade e da modéstia, apesar dos ventos revolucionários e liberais que sopravam na Itália e no mundo. Após seis anos de colégio, ingressou no seminário diocesano Santo Abôndio, onde ficou ainda mais vincada a vocação específica que a Providência lhe dera desde a infância. Ao retornar, durante as férias, à sua aldeia natal, empenhava-se em ajudar os pobres e enfermos da região, sobretudo os mais desamparados.

“Uma espada de fogo no ministério santo”
Em um ambiente de ressentimento e raiva, marcado pelas profanações de igrejas realizadas em Como pelos seguidores de Garibaldi, Luís foi ordenado presbítero, em 26 de maio de 1866. Naquele dia, com a alma transbordante de júbilo, o novo sacerdote fez uma promessa a Deus e a seus irmãos: “Quero ser uma espada de fogo no ministério santo!”

Três anos de “aprendizagem” com Dom Bosco
Mais tarde, atraído pela pessoa de São João Bosco, optou por se dirigir a Turim. Ali passou três anos (1875-1878) em “aprendizagem”, como diria depois, seguindo os passos do fundador dos salesianos no caminho da santidade e colaborando com sua obra pedagógica em favor da juventude. Nesta mesma ocasião, conheceu a obra caritativa de São José de Cottolengo, a qual também deixou profundas impressões em sua alma.

Convocado por seu Bispo, regressou à Diocese de Como. Sair de Turim, separar-se dos salesianos e principalmente de Dom Bosco, foi-lhe muito doloroso. “Não senti tamanha dor nem mesmo quando faleceram meus pais, tendo-os em meus braços” , afirma em sua Autobiografia.

Primeira casa da Divina Providência
Na paróquia de Traona, para onde foi enviado em 1878, com a missão de ajudar o pároco enfermo, tentou transformar um antigo convento em escola para jovens pobres aspirantes ao sacerdócio, no estilo salesiano. Poucos meses depois, recebeu ordem de ir para Pianello. Ali um orfanato e um asilo fundados por seu predecessor recém-falecido, o padre Carlos Coppini, postos sob os cuidados de algumas jovens aspirantes à vida religiosa. Foi a partir deste empreendimento que se originou, em 1886, sua primeira fundação, a Congregação das Filhas de Santa Maria da Providência. Abriu por fim, em Como, a primeira Casa da Divina Providência – mesmo nome utilizado por São José de Cottolengo -, com o objetivo de atender os pobres e necessitados. A instituição começou a crescer e não faltaram generosos benfeitores nem almas dispostas a se dedicarem àquela obra de caridade.

Numa viagem a Turim, pediu orientação a Dom Bosco sobre seu desejo de fundar também um instituto masculino. Este lhe mostrou a conveniência de tal empresa e nasceu, assim, sob as bênçãos do Arcebispo de Milão, Beato André Carlos Ferrari – que até 1874 fora Bispo de Como – a Congregação dos Servos da Caridade.

Mais necessário é morrer bem…
Depois de passar inúmeras vicissitudes e provas, Dom Guanella viu, no fim de sua existência, sua obra expandir-se por quatro continentes. Convencido de que os homens são meros instrumentos, pois “è Dio che fa” – quem faz é Deus – o fundador estimulava o ardor missionário dos seus filhos e filhas dizendo-lhes: “Vossa pátria é o mundo”. Ele próprio acompanhou a fundação de novas casas em outros países, como a dos Estados Unidos, em 1912.

Em meio a tantas atividades, ainda encontrou tempo para escrever numerosas obras de formação cristã, além de mais de três mil cartas nas quais transparecem suas virtudes, seu senso profético e seu particular amor aos pobres e abandonados.

Coroando uma vida santa, essa boa morte chegou também para Dom Guanella, em 24 de outubro de 1915, aos 73 anos de idade. Possa sua elevação à honra dos altares desvelar ao mundo de hoje, tão confiante em si mesmo, o segredo de sua santidade como modelo a ser seguido: abandonar-se nas mãos da Providência Divina, certo de que, por mais que os homens atuem, “è Dio che fa”!

Fonte: Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora

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